sábado, 9 de novembro de 2013

Novos tempos

Sinto pisar em tempos que não são os meus: tempos de outra juventude.

Os lugares ermos de meus tempos, já não são mais. Borbulha, no dia-a-dia, um mar de gente, nas ruas, no metrô, nas praias. Hoje, aprecia-se o por do sol acompanhado por uma multidão.

Vejo, em minha imaginação, os jovens do borbulhante mar de gente, com viço de reproduzir e produzir, a erguer e edificar, o que já são as marcas de seus tempos.

Estas constatações, não se impregnam de nostalgia ou saudades. Sou parte, à minha moda, destes tempos. Ainda participo.

A ênfase da satisfação passou para o nobre ato de passar o bastão, mais do que subir ao pódio, prazer este, que, ainda assim, não deixou de existir.

Sinto muita vontade de cuidar dos filhos de minha geração. Geração, no sentido coletivo e pessoal. Sinto muita vontade de cuidar, e dar mais do que tenho conseguido, à minha mãe também.

Senti falta de colocar tudo isto em palavras e de compartilhá-las.

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