terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Papel no chão

Consciente de minhas responsabilidades, guardei o papel amassado que carregava. Não importando o quanto eu andaria, o jogaria em uma lixeira.

Encontrando uma lixeira, lancei o papel em direção a ela. O papel bateu na lateral e caiu no chão.

Não me abaixei para pegá-lo. Eu já havia sido nobre o suficiente.

A consciência de minhas responsabilidades ficou no chão.

Desta mesma forma, também vejo o comportamento de muitos e muitos com relação à tolerância, à cordialidade, ao comprometimento, ao afeto, ao bem-querer, e a outros propósitos de nobreza de caráter.

O "pedacinho de papel" chega a ser levado com certa determinação enquanto tudo corre nos conformes, até o primeiro revés, ponto a partir do qual os propósitos são deitados ao chão.

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