Entra no elevador uma mulher. Ela diz em tom firme, quase militar: "BOM DIA!". Eu, imerso em meus pensamentos, desta vez não respondo. Uma outra mulher ao fundo, sim.
Logo depois o elevador, que subia, para em um andar. Ao abrir a porta uma senhora pergunta: "Desce?".
Ninguém se importa em responder. Eu respondo: "Sobe".
O quê, de bom, fez aquela mulher ao dar "bom dia"? Digo "dar", porque não foi "desejar", a sua intenção. Aparentemente, seu único desejo era ser respondida.
Odeio a aparência de educação da etiqueta burocrática. Esta etiqueta que frequentemente se coloca no lugar da da real educação. A educação, que em meu modo de ver, é cortesia, é respeito ao próximo, é solidariedade, é bem querer pelo seu semelhante.
Educação, para mim é ajudar à senhora que precisava saber se o elevador estava descendo, ou não.
Esta inversão de valores eu vejo também quando se dá bom dia, interrompendo a conversa das pessoas, ou dispersando alguém que esteja concentrado em algo. Isto não me parece educado.
Mas, infelizmente, este é o comportamento que as maioria das pessoas de nossa cultura, esperam. Portanto passa a ser grosseiro não o fazer. Infelizmente.
Eu vou gostar muito de receber um bom dia, quando for uma expressão de carinho. Vou retribuir com muita satisfação.
Quando o bom dia for destas manifestações burocráticas de etiqueta, também retribuirei. Não quero ferir aos que precisam disto, por real educação, por bem querer ao meu semelhante.
Bom dia a todos!
... mas um BOM DIA, de verdade.
23/07/2015
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