quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

E vem descendo dos céus

E vem descendo dos céus,
Lentamente, no colo da Santa,
Como retratam as imagens.
O céu muito azul,

De braços estendidos,
As mãos abertas,
Recebo a benção.

Mais uma alma desce.
De braços estendidos,
As mãos abertas,
Recebo com a emoção
Cantada por um coro de vozes.

Emoção, honra, alegria.
Vem mais uma...
Mais uma alma,
Mais um mundo,
Mais nove meses,
Nove, dez, mil meses.

De braços estendidos,
De mãos abertas,
De coração aberto,
De mãos dadas
A toda vida.

E se houver céu,
E eu se for ao céu,
Sempre estarei
De braços abertos,
As mãos estendidas.

Mais uma alma,
Mais um mundo
Vem à Terra.
Descendo no colo da Santa
Numa nuvem densa de algodão
Recebo, envolto em cobertas,
Pequeno ser.
Acolho em nosso teto,
Templo de nova vida,
Se enche de música celeste.

Um coro de anjos entoará
Suas falas ingênuas,
Seus choros de vida.

(Por ocasião do nascimento de minha filha)

3 comentários:

  1. Não sabia que no amigo Morand, geofísico dos bons, corria nas veias também o sangue de poeta. Realmente as expertises se imbricam mais do que se pode imaginar. Parabéns à pequena Paula e ao seu ilustre pai.

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  2. Obrigado, querido Washington. Recebo com muita alegria seus comentários.

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