sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Desencanto

Desencanto

Eu faço sexo como quem chora
De desalento... de desencanto...
Desta pecha me livro, se por agora
Me alheio de qualquer encontro.

Meu gozo é sangue. Volúpia fria...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Espermatorréia. Agenesia.
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia mouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando nenhum sabor na boca.

- Eu faço sexo como quem morre.

22 de maio de 2005

Para quem não conhece, este "poema" foi feito baseado no poema de Manuel Bandeira.
Segue o poema dele:

Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora 
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

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