Desencanto
Eu faço sexo como quem chora
De desalento... de desencanto...
Desta pecha me livro, se por agora
Me alheio de qualquer encontro.
Meu gozo é sangue. Volúpia fria...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Espermatorréia. Agenesia.
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia mouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando nenhum sabor na boca.
- Eu faço sexo como quem morre.
22 de maio de 2005
Para quem não conhece, este "poema" foi feito baseado no poema de Manuel Bandeira.
Segue o poema dele:
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.