segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Pais e filhos

Se os soltamos, foi que não cuidamos.
Se prendemos, foi que os sufocamos.
Se os orientamos, impomos verdades ultrapassadas.
Se deixamos que descubram suas próprias verdades, foi que faltou diálogo e orientação.
Se erramos como pais?
Sim! Seguramente TODOS erramos.
Mas não são de nossos erros que eles reclamam. As reclamações são apenas ecos de uma relação intensa de amor e ódio, como em qualquer relação intensa.
Muitos desejos, muita idealização (própria de qualquer bom desejo) e como não poderia deixar de vir em consequência, muita frustração e raiva. Raiva que não nega o imenso amor origem dessa própria raiva.
Pelos nossos erros, sim, devemos desculpas.
Pelo que eles reclamam, esperemos que amadureçam e deixem de desejar super-heróis e reconheçam a relação de seres (limitadamente) humanos.
Ao nos pacificarmos com ver o que eles reclamam desta maneira, paremos e pensemos o que NÓS ainda reclamamos de nossos próprios pais.